segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Palos (todos os ritmos flamenco)

Palos (todos os ritmos flamenco)



ACEITUNERAS:
Cante andaluz muito antigo usado na colheita de azeitonas.

ALBOREÁ:
Cante Flamenco. Pertence ao grupo dos cantes influenciados pela Soleá. Comum nos casamentos de ritual "gitano", com letras dedicadas a exaltar a virgindade da noiva, a virtude feminina mais cuidada.
http://www.youtube.com/watch?v=kykJ3JrFA58

ALEGRÍAS:
Cante e baile flamencos de compasso misto. Próprio de Cádiz. São toques por Alegrias: Caracoles, Romeras, Cantiñas, Rosas, Mirabás. É a mais difícil e genuína de todas as danças andaluzas.
http://www.youtube.com/watch?v=xxfwm9N1L_4&feature=related

ARRIERAS:
Cante de acompanhamento ao trabalho no campo. Tem grande semelhança com a tona e se canta também sem acompanhamento.

BAMBERAS:
Cante de origem puramente campestre, que não tem compasso, que se canta sem guitarra e não se baila. Sua copla é de quatro versos octasílabos, ainda que algumas vezes segue um esquema diferente. É um estilo folclórico aflamencado.
http://www.youtube.com/watch?v=9AboTlXzP18

BANDOLÁS:
Fandango abandolao próprio da serra malagueña e uma das mais antigas que se conhecem. Seu nome poderia proceder do instrumento com o qual é acompanhada, o bandolim.

BULERÍAS:
Cante e baile flamencos de compasso misto e ritmo vivo. Admite todo tipo de improvisação É o estilo mais flexível, rítmico e vibrante em todo o flamenco, mas é um dos bailes mais difíceis de dominar, porque é essencial ter muita graça e ritmo.
http://www.youtube.com/watch?v=zc2TH0vkCcM&feature=related

CABALES :
Estilo especial de arremate das seguiriyas com coplas de quatro versos octasílabos, sobre tons maiores.

CALESERA:
Cante atribuído aos condutores de carruagens.

CAMPANILLEROS:
Único cante que se pode cantar em coro. Sua copla é de 6 versos. É um cante aflamencado que se originou de canções religiosas andaluzas que eram entoadas no Rosário de la Aurora.

CANASTERAS:
Este cante é uma criação de Camarón de La Isla e de Paco de Lucía. É um cante novo, recém inventado, parecido com a estrutura dos fandangos, mas não se confirmou entre os cantes, sobrando apenas duas gravações como referência.

CANTES DE IDA Y VUELTA:
Expressão que designa o conjunto de estilos aflamencados, em especial em Cádiz e Málaga, procedentes do folclore hispano americano. Também fazem parte deste grupo a Milonga, a Vidalita, a Rumba, a Colombiana e a Guajira. A expressão “Ida y Vuelta” surgiu devido a uma crença antiga de que estes estilos chegaram à America pelos emigrantes espanhóis, na época das grandes navegações. Na America teriam sofrido variações e com o regresso à Espanha ganharam características mais próximas às suas expressões atuais. Hoje, acredita-se que seu surgimento é exclusivamente proveniente do Novo Mundo (América).

CANTIÑAS:
Cantes próprios de Cádiz, de compasso misto, rápido e alegre, entre os quais se destacam: As próprias Cantiñas, Caracoles, Mirabrás, Alegrias, e Romeras.

CAÑA:
Também muito ligadas às Soleares, é uma das formas mais antigas do Flamenco, e uma das mais puras e bonitas. Cante duro, forte, triste e melancólico. Difícil de cantar e não é bailado.

CARACOLES:
Cante de origem andaluz aflamencado do grupo das Cantiñas de Cádiz. É um baile mais adequado para a mulher por ter muitos movimentos ondulados.
http://www.youtube.com/watch?v=NX7YiBX8P8Qwww.youtube.com/watch

CARCELERAS:
Cante gitano primitivo do grupo das Tonás. É interpretada sem guitarra (a palo seco). A copla é de quatro
versos octossílabos. É um cante desolado, patético que evoca o tema carcerário.

CARTAGENERA:
Cante flamenco do grupo dos Cantes de Levante, de execução livre. Não se baila e é o mais moderno dos cantes de Levante.

CHUFLAS:
Cante típico e genuinamente gaditano, das bagunças da rua, das festas populares, usadas para dar humor aos contratempos do povo, Tem tom engraçado em suas letras.

COLOMBIANAS:
Cante flamenco do grupo dos Cantes de Ida Y Vuelta. Seu compasso tem influencias da guajira e da rumba cubana.

CORRIDOS GITANOS:
Modalidade mais antiga que deu origem as Tonás. É um cante sem acompanhamento musical, que procede dos romances populares andaluzes.

DEBLA:
Cante misterioso de invocação, sem acompanhamento de guitarra. Canção popular andaluza.

FANDANGO:
Cante flamenco procedente do folclore, sem compasso fixo, que fazem com que o guitarrista tenha que seguir bem de perto o cantor, com muitas formas e variações como os Fandangos de Huelva, Fandangos de Lucena y de Cabra, Fandangos Mineros e Fandanguillo, em toda Andaluzia. Cante chico.
http://www.youtube.com/watch?v=kKWO75WyUPcwww.youtube.com/watch

FARRUCA:
É um toque que chega ao flamenco procedente da Galícia, do folclore galego, que utiliza a estrutura do tanguillo e que se executa sobre os tons menores. Alguns autores o consideram um dos Cantes de Ida Y Vuelta. Uma espetacular forma de dança, originalmente masculina. Uma das mais recentes formas no flamenco. Nunca é cantada quando tocada no idioma flamenco puro. Como dança ou solo de guitarra, é uma peça muito dramática. No baile, sobressai o sapateado, colocando a prova o virtuosismo de muitos bailaores.
http://www.youtube.com/watch?v=3ozQN7nI0OU

GARROTÍN:
Cante de origem folclórico, incerto, que se aflamencou. É um baile de gitanos, não andaluz que foi incluído no repertório flamenco. É um cante festeiro que tem alguma semelhança com o ritmo dos tangos flamencos. Suas letras são ingênuas e superficiais, destacando o uso repetido do refrão que é cantado incessantemente.
http://www.youtube.com/watch?v=GnzQo-PaCHo

GRANAÍNA:
Cante de Levante a partir do aflamencamento de um fandango regional. De execução livre, é costume arrematá-lo com a Media Granaína. Suas letras tem uma excessiva carga sentimental e sua música se apóia na ornamentação.

GUAJIRA:
Cante aflamencado com influência do folclore e ritmos cubano, pertence ao grupo dos Cantes de Ida Y Vuelta. Na década de trinta e quarenta estiveram muito na moda e acompanhavam um baile de mesmo nome, hoje desaparecido. A temática de suas letras é de ambiente cubano, geralmente de forma superficial. Ritmo alegre semelhante a outros aspectos do flamenco influenciados pelo Novo Mundo.

JABEGOTES:
Também conhecido como cante das cinzas, é um cante abandolao, próprio da costa marinha. Está quase em desuso.

JABERA:
Cante flamenco do grupo dos Cantes Abandolaos (Cantes de Málaga). Pode-se enquadrar este cante ao grupo dos fandangos malagueños, que se cantam sem compás, dando ao intérprete a máxima possibilidade de recorrer a todos os floreios e ornamentações vocais, o que exige dele o seu máximo para executá-lo.

JALEO:
É a bulería praticada em Extremadura, com ritmos monótono e bailáveis. Foi muito utilizada por muitos guitarristas para seus concertos.

LEVANTICA:
Modalidade de taranta tipicamente cartagenera, que tem uma caída em tons menores. Foi exaltada pela voz peculiar de Pencho Cros.

LIVIANAS:
Cante flamenco do grupo das seguiriyas. Com temas campestres, apareceu no ambiente flamenco em meados do séc. XIX, e seu canto era feito sem o acompanhamento de guitarra.

LORQUEÑAS:
Na realidade não se trata de um “palo” propriamente dito, pois a lorqueña se apóia, em geral, na bulería. Compostas por Federico García Lorca, essas canções aflamencadas foram interpretadas por La Argentinita, com muita repercussão a copla denominada “Em El Café de Chinitas”.

MALAGUEÑAS:
Cante flamenco livre próprio da região de Málaga, sem compasso específico, interpretada e não dançada, descendente da família dos Fandangos Grandes. Cante muito compassado, melodioso e solene.
http://www.youtube.com/watch?v=v496vBwbfhk

MARIANAS:
Cante flamenco que se origina do aflamencamento de uma canção folclórica andaluza. Compasso semelhante ao dos Tientos. Não se baila.

MARTINETE:
Cante flamenco do grupo das Tonás (a palo seco). Cante livre, sem compás, de um lamento tristíssimo, cantada pelos ciganos no forge, que pode levar o acompanhamento de " yunque y martillo" (bigorna e martelo). A música soa como se o único instrumento fosse o martelo acompanhando o cantor.
http://www.youtube.com/watch?v=W414clOKWhE

MEDIA GRANAÍNA:
Pertence ao grupo dos cantes de Levante, mais sonora e com mais recursos, cante que não se baila.

MILONGA:
Cante aflamencado do folclore argentino de origem hispano-americana, do grupo dos Cantes de Ida Y Vuelta. Esteve muito em moda na Espanha entre os anos vinte e quarenta. Não se baila.

MINERA:
Cante com copla de quatro ou cinco versos octossílabos, que provavelmente apareceram nos meados do séc. XIX. Pertence ao grupo dos Cantes de Levante e dentro dele, como seu nome indica, pertence aos chamados Cantes de las Minas, com uma modulação tão definida e marcada como a da Taranta. Sua vertente mais conhecida é a das Minas de La Unión, em Murcia. Não se baila.

MIRABRÁS:
Cante flamenco do grupo das Cantiñas de Cádiz. Cante festeiro, próprio para bailar, vivaz e vibrante. A guitarra o acompanha com igual vivacidade.

MURCIANA:
Cante com copla de quatro ou cinco versos octosílabos que pertencem ao grupo de Levante. Suas raízes vem da zona de Cartagena (Murcia), e tem um importante reflexo na província de Almería.

NANA:
Típica canção empregada para fazer os filhos dormirem. Cante livre que não se ajusta a uma dimensão métrica estável. Não é acompanhada de guitarra e também não se baila. Não é um autêntico cante flamenco, mas simplesmente uma canção folclórica que pode adotar ecos flamencos colaborando com quem o cante.

PETENERA:
Cante flamenco, provavelmente oriundo de Paterna de La Rivera (Cádiz). Canto derivado do folclore andaluz.. Tem som pausado, arrogante, majestoso e sensual com acompanhamento de castanholas ou palmas com ares de tragédia e da força do destino. Este cante está envolto a uma misteriosa lenda cheia de superstição ao ponto de que alguns artistas se neguem a interpretá-lo.
http://www.youtube.com/watch?v=f67igtrSZLE
http://www.youtube.com/watch?v=orI-PB8W7pk
http://www.youtube.com/watch?v=UtLbQHQtRF8

POLO:
Cante flamenco muito antigo, próximo da Caña. Derivada da família das Soleares.

ROAS:
Cante de origem gitano no qual um grupo de homens e mulheres dispostos em uma roda celebram um ritual com tons religiosos. A roda gira no ritmo dos pandeiros e do cante. É um cante folclórico, muito parecido com a zambra.

ROMANCE:
Cante. Chamado também de corrido ou corrida, se originou de uma entonação especial dos romances populares andaluzes. É interpretado sem acompanhamento, e por isso é considerado por muitos o estilo mais primitivo do flamenco, fonte e manancial de todos os outros estilos de onde procederam as Tonás. Existe uma variante criada por Antonio Mairena ao compasso de Soleá por Bulerias.

ROMERA:
Cante flamenco festeiro do grupo das Cantiñas de Cádiz. Tem o mesmo compasso das Alegrias e apropriado para bailar.

RONDEÑA:
Cante flamenco do grupo dos Cantes Abandolaos (Málaga). Outra forma livre do flamenco. É o mais velho fandango malagueño conhecido e cantado.
http://www.youtube.com/watch?v=XL4UPuZaqyM

ROSAS:
Cante praticamente em desuso. É um cante com copla de quatro versos, do grupo das cantiñas, muito parecido com as Alegrias, provavelmente nasceu em Salúcar de Barrameda.

RUMBAS:
Cante aflamencado do grupo dos Cantes de Ida Y Vuelta. Novamente outra forma livre no flamenco influenciado pelos ritmos do Novo Mundo. Muito popular em todo tipo de festa por ser extremamente sensual e alegremente contagioso e é um dos bailes preferidos da juventude.
http://www.youtube.com/watch?v=il8YWQYQSdE

SAETAS:
Estrofe de ritmo flamenco sobre temas sacros que uma só pessoa canta sem acompanhamento musical em eventos religiosos, especialmente durante as procissões da Semana Santa. Repetidamente se diz que o flamenco é uma oração; a Saeta é uma boa mostra disso. Não se baila.

SEGUIRIYA:
Cante flamenco, trágico, sombrio, dolorido e triste, que a princípio levava o nome de Playera. São os chamados cantos profundos do flamenco. É um dos bailes mais difíceis do flamenco, por causa do caráter do seu compasso, marcado lentamente, e ao estado de espírito emotivo que carrega.
http://www.youtube.com/watch?v=0T8n7X7c6E4

SERRANAS:
Cante flamenco no mesmo grupo das Seguiriyas, porém tocada diferente, com um cante que alude o campo e a serra, melodioso e solene.44
http://www.youtube.com/watch?v=Tk8sex4Qq4g

SEVILLANAS:
Cante e baile folclórico aflamencados de origem andaluza. O baile por sevillanas é vivo e ágil, dinâmico, alegre e variado, com passos diferenciados e precisos, com fins marcados em que a música e o baile acabam simultaneamente deixando os bailarinos imóveis, adotando expressões triunfais e provocativas. O baile é executado em pares formados por homens e mulheres ou tão somente por mulheres. Cada sevillana é dividida em quatro partes, a saber: primeira, segunda, terceira e quarta.
http://www.youtube.com/watch?v=SzvYvkJPUrQ
http://www.youtube.com/watch?v=ll2NlPGARMc
http://www.youtube.com/watch?v=Sjn9jgsCERw
http://www.youtube.com/watch?v=zLURc1nrYZs
http://www.youtube.com/watch?v=DIv5e2OE_QA (aprendendo parte 1)
http://www.youtube.com/watch?v=0lvWYD5G40w (aprendendo parte 2)
http://www.youtube.com/watch?v=NEw6ZYBQNB8 (aprendendo parte 3)
http://www.youtube.com/watch?v=OJFWMhdthi0 (aprendendo parte 4)
http://www.youtube.com/watch?v=_BvlraEq6ZU

SOLEARES:
No singular, Soleá. Cante flamenco com compasso misto. Possui muitas variantes. Chamada mãe do flamenco, também é um tipo de cante jondo. Sua origem pode estar no séc. XIX, como cante que acompanha a um baile chamado jaleo. Contudo, pouco a pouco foi se convertendo em um cante com identidade própria. Representa com legitimidade a instituição artística dos ciganos. É um dos palos mais ricos do flamenco na atualidade, é executado no compasso ¾ e os cantores profissionais praticam as soleares, com suas variedades e complexidade para agradar aos bons aficionados do flamenco. O baile por Soleá resulta suntuoso e é especialmente apropriado para a mulher pelos muitos movimentos ondulados dos quadris e dos braços garbosos.
http://www.youtube.com/watch?v=QmUMxZkfqvY
http://www.youtube.com/watch?v=0WyLmhv_xb8

TANGOS:
Cante flamenco ao compasso de 4/4 bem marcado, rítmico e alegre. De origem desconhecida, são um dos mais antigos e básicos cantes ciganos. Estilo de dança, música e canto chamado chico, leve. Constituem um ritmo bastante rico e versátil. Como regra comum, o quaternário bem marcado entre o cante usualmente alegre e festeiro é o mais utilizado.
http://www.youtube.com/watch?v=HeMzkT3P2Kc
http://www.youtube.com/watch?v=9HVa8BNTusY
http://www.youtube.com/watch?v=GgG8GocF7H0

TANGUILLO:
Tango de Carnaval ou Tango de Cádiz. Compasso de 4/4. Estilo de dança e música derivado da mistura do tango com a rumba. É um cante muito gracioso, cheia de graça, airoso. O acompanhamento da guitarra é muito vivo e o baile cheio de sutilezas e improvisações garbosas.
http://www.youtube.com/watch?v=vp1rNOFZCzM
http://www.youtube.com/watch?v=ka2ALMI6D00
http://www.youtube.com/watch?v=ra5RWI4tymw

TARANTAS:
Cante flamenco do grupo dos Cantes de Levante ou de Las Minas. Mais um estilo livre no flamenco. É um cante duro, seco, quase áspero, acompanhado de guitarra e não se baila, se escuta.

TARANTOS:
Cante flamenco que pertence ao grupo dos Cantes de Levante. Compasso 4/4. Muito semelhante a Taranta se difere apenas pelo toque da guitarra que o acompanha. O taranto é a forma bailável das tarantas, o baile é majestoso e profundo, com grandes possibilidades de expressão.
http://www.youtube.com/watch?v=YbVO8SKdyPk
http://www.youtube.com/watch?v=rrJdHrOyTxs

TEMPORERAS:
Cante flamenco que se executava nas terras baixas da Andalucía nas épocas de colheita. Cante a palo seco, sem acompanhamento de guitarra.

TIENTOS:
Cante jondo, derivado dos tangos. Com copla de 4 versos octossílabos, seguidos geralmente por um ou vários estribilhos de 3 versos, de medida uniforme. São conhecidos desde a metade deste século, atribuídos a Enrique el Mellizo e divulgados por Manuel Torre. Procede dos Tangos e tem o compasso igual a este, ainda que mais lento, solene, sensual e complicado. Em Cádiz era chamado Tango Tiento, ou seja tango lento. Mais tarde em Sevilla, a expressão se reduziu a Tientos. É um cante bailável, com letras sentimentais e comoventes. Pode ser tão profundo, quanto o seu intérprete desejar, enquanto seus movimentos e sua graça nunca permitirão que seja um baile triste.
http://www.youtube.com/watch?v=AUc_IwuGLco

TONÁS:
Cante flamenco fundamental, o mais primitivo dos conhecidos hoje e verdadeiro tronco originário de todos os outros. É cantado sem guitarra, pertence ao grupo dos Martinetes, Deblas, Carceleras. Música "básica" no flamenco, a mais antiga conhecida. Sua música, sustentada exclusivamente pela voz, é triste e patética, transmitindo com desolação e abatimento o sombrio mundo que apresenta suas letras.

TRILLERAS:
Cante flamenco de origem Andaluza, que se cantava nos trabalhos no campo. Também chamado Cantes de Trilha. Muito difundido na zona de Jerez.

VERDIALES:
Cante flamenco aparentado com o folclore, pertence ao grupo dos Abandolaos. É um fandango regional pertencente ao grupo das malagueñas. São cantados e bailados com som da guitarra, com acompanhamento freqüente de violinos, pandeiros, e castanholas. Usa-se os “pitos” para marcar os compassos. Os verdiales são a mostra mais antiga da música popular malagueña.
http://www.youtube.com/watch?v=cypd9KHj4D4

VIDALITA:
Cante aflamencado, mas pouco flamenca na realidade, tem caráter triste e melancólico, com temas amorosos, que fala quase sempre de desilusões, frustrações. O significado de seu nome seria ¡Oh vida!, ¡Vidita!. É também chamado de cante de ida y vuelta.

VILLANCICO:
Cante flamenco de tema religioso que fala sobre temas natalinos. É um cante vivo, alegre, que transmite mensagem de esperança e que pertence aos grupos dos cantes folclóricos andaluzes aflamencados. Hoje se canta ao som de bulerías.

ZAMBRA:
Festa mourisca com música, alegria e algazarra. Posteriormente, festa dos gitanos andaluzes. Ainda hoje se cultiva a Zambra Granadina, nas Cuevas Del Sacromonte, formada por três bailes de Caráter Mínimo: la Alboreá, la Cachucha, e la Mosca, que simbolizam três momentos da boda gitana. Esta mímica, refletida na dança, pretende preservar uma antiga tradição do baile. São as juergas flamencas que os ciganos fazem em suas casas.
http://www.youtube.com/watch?v=gOZFwSkbkEM
http://www.youtube.com/watch?v=iwUeaxoEwGw


ZÁNGANO DE PUENTE GENIL:
É um estilo de fandango abandolao procedente de uma antiga modalidade folclórica da zona de Puente Genil. Cante muito difundido nos últimos tempos por Fosforito.

ZAPATEADO:
Baile. Consiste em um baile sóbrio de grande presença flamenca, que surge a meados do séc. XIX. É uma combinação rítmica de sons executados com a planta, salto e ponta do pé, e é interpretado por homens. Quando dançado por mulheres, estas usam traje masculino. Atualmente o Zapateado flamenco se intercala na maioria dos estilos, tanto por homens como por mulheres, muitas vezes ficando a guitarra em silêncio, para ressurgir junto com os demais elementos de acompanhamento no momento de sua maior intensidade ou arremate. Sapateado bastante elaborado, com velocidade, alternando um ritmo mais lento, sendo que logo após acelera-se novamente.

ZARABANDA:
Cante abandolao que foi gravado por El Niño Del Genil em 1911, na qual se destacou a interpretação de La Rubia de Las Perlas. Está quase em desuso.

ZORONGO:
Baile interpretado ao compasso de um tango lento, com um cante calmo, tranqüilo. O zorongo foi um típico baile americanos de negros, com grande sucesso em teatros, escolas de baile, festas realizadas na época romântica que já caiu em desuso. Contudo, os gitanos começaram a cultivá-lo no princípio do séc. XX, transformando-o em um palo próprio do repertório de muitos bailaores e guitarristas.